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O que todo paciente deve saber sobre diabetes tipo 2

Apesar de não haver dados estatísticos recentes, estima-se que o diabetes tem prevalência de cerca de 11% da população brasileira. Cerca de 90-95% dos casos são de diabetes tipo 2.

No diabetes tipo 2 o principal defeito é a resistência à ação da insulinaproduzida pelo pâncreas. Vale lembrar que a insulina é o hormônio que empurra a glicose do sangue para dentro de todas as nossas células. Com esta resistência, o pâncreas acaba tendo de produzir mais insulina para ter o efeito desejado e esta sobrecarga pode levá-lo à exaustão e consequente elevação da glicose no sangue.

Ao contrário do diabetes tipo 1, o diabetes tipo 2 pode ser previnido e caso necessite tratamento, pode ser feito muitas vezes com poucos remédios e até mesmo, em alguns casos, somente com reorientação alimentar e exercícios.

Mas afinal, o que provoca esta resistência insulínica? As causas são várias, mas segue abaixo uma pequena lista:
- fatores genéticos
- obesidade abdominal
- sedentarismo
- tabagismo
- alta ingesta de gorduras trans
- envelhecimento

Se você parar para pensar você verá que a maioria de nós se enquadra em algum dos fatores listados acima.

Infelizmente esta resistência insulínica não causa somente o diabetes tipo 2, mas também pode provocar gota, hipertensão, colesterol e triglicérides alterados, acúmulo exagerado de gordura no fígado e até mesmo certos tipos de cânceres parecem estar associados como o de próstata, mama e intestino.

Quanto mais cedo o paciente se habitua a fazer check-up melhor. Lembramos que os exames de rotina devem ser iniciados em todos a partir dos 20 anos de idade. Naqueles com hístória de diabetes na família, devem ter sua glicemia e demais exames feitos a partir dos 10 anos de idade.

Devido ao fato de estas doenças não induzirem sintomas´agudamente, é comum que um determinado paciente permaneça anos com diabetes tipo 2 sem ao menos sentir nada e isto pode lhe trazer complicações seríssimas no futuro próximo. 

Culturalmente ainda existe um ditado que quando se vai ao médico a gente acaba encontrando problemas. Se analisarmos do ponto de vista simplista isto é verdade. Porém, se analisarmos de forma correta, veremos que é melhor termos um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz do que um diagnóstico tardio e sem possibilidades de reversão do quadro.
Fonte: http://carloseduardocouri.blogspot.com/2011/02/o-que-todos-paciente-deve-saber-sobre.html





Por que meu pâncreas não produz insulina?

Freqüentemente no consultório recebo pacientes com diabetes tipo 1 de longa duração. O fato interessante é que a grande maioria dos pacientes não sabe ao certo como o diabetes se desenvolve, mesmo sendo portadores  há muitos anos.   
Para começar a explicar devemos relembrar do sistema imunológico. Este sistema imunológico é responsável pelas defesas naturais de nosso organismo contra vírus, bactérias, vermes,  etc. Com ele nós entramos em contato com inúmeros agentes infecciosos a cada minuto sem desenvolver qualquer tipo de sintoma.  Apenas para dar um exemplo, o sistema imunológico funciona como se fosse um policial que protege nosso organismo.
No caso do diabetes tipo 1, o sistema imunológico ficou louco. É isto mesmo! Em vez de ele somente proteger o nosso organismo ele resolve também atacar as células produtoras de insulina localizadas no pâncreas chamadas células β. Este fato é denominado autoimunidade. Com isto, as células β são destruídas e não produz a insulina tão necessária para a nossa sobrevivência.
Ninguém sabe ao certo o motivo pelo qual o sistema imunológico resolve atacar o próprio organismo, as células β.  O que se sabe é que a culpa é 30% da genética e 70% dos fatores ambientais.
Atualmente a teoria mais aceita para o desenvolvimento do diabetes tipo 1 é a seguinte:  
Há tempos atrás (meses ou anos) o paciente entra em contato comum determinado vírus que tem semelhanças com as células β produtoras de insulina. O sistema imunológico então começa a destruir os vírus porém, devido à grande semelhança entre o vírus e as células β, o sistema imunológico começa equivocadamente a agredir as células β.
Fato interessante é que conforme frisado acima este processo de auto-destruição se inicia meses a anos antes da eclosão dos sintomas.  A massa de células β é gradualmente destruída até que o percentual destruído é tão grande que a capacidade secretora de insulina se reduz muito e se iniciam os sintomas como beber muita água, urinar muito e perder peso.
O que não sabemos até hoje é quais são os genes exatamente relacionados ao diabetes tipo 1  e por que alguns pacientes desenvolvem o diabetes e por que outros pacientes não desenvolvem.  Não sabemos também quais vírus ou outros agentes que desencadeiam este processo.
VAMOS NOS MANTER INFORMADOS E CONHECER BEM ESTE TAL DIABETES TIPO 1. MESMO NÃO SENDO MÉDICOS, OS PACIENTES TÊM O DEVER DE ENTENDER TODO O PROCESSO!
Fonte: 
http://carloseduardocouri.blogspot.com/2011/02/por-que-meu-pancreas-nao-produz.html




Diabetes. Aceitar ou aceitar esta condição: Eis a Questão!

Fico feliz quando atendo pacientes diabéticos nos dias de hoje. Temos insulinas modernas, aparelhos modernos de medição de glicemia, alimentos diet e light, contagem de carboidratos, bomba de infusão, etc.
Recebemos inúmeros pacientes e/ou pais de pacientes diariamente no consultório que têm total condiçao cultural para entender o "funcionamento" do diabetes mas não o fazem. Muitos nos procuram para tentar ficar livre da "dieta chata" e das |"picadinhas de insulina",
Será que todos os ditos "normais" não têm de ter moderação alimentar?
Será que todos os ditos "normais" não devem fazer exercícios físicos regularmente?
Será que todos os ditos "normais" não devem fazer extravagância alimentar apenas de vez em quando?

Se o paciente diabético for inteligente, tendo um estilo de vida saudável ele viverá mais e melhor do que os ditos "normais" que usam refrigerantes normais, comem excessivamente, ingerem doces e gorduras sem restrição e são sedentários. 

Na realidade, o estilo de vida do diabético é o estilo de vida que todos  nós devemos ter. 

Uma coisa porém impede que muitos diabéticos sigam as recomendações corretas: A falta de aceitação!
Isto muitas vezes é o divisor de águas entre um diabético saudável e um diabético que terá complicações no futuro.  Portanto, há 2 possibilidades para o paciente diabético: Aceitar ou aceitar.

Aceitar o diabetes não significa porém ficar parado apático e não correr atrás das novidades. Aceitar o diabetes significa estar resolvido consigo mesmo, controlado e aí então apto a usufruir dos novos avanços que estão por vir em muito breve, quer sejam células-tronco, pâncreas artificial ou outras novidades.